Práticas éticas de subjetivação e resistência política em Michel Foucault
Resumo
O artigo analisa o modo pelo qual a problematização ético-política de Michel Foucault em torno das técnicas de governo de si da Antiguidade greco-romana contribui para pensarmos os modos de subjetivação da atualidade. Afastando-nos da ideia de um retorno a um sujeito previamente dado e de uma concepção individualista da ética, procuramos investigar em que medida a perspectiva foucaultiana das práticas de subjetivação se coloca para além da dimensão das lutas identitárias (sem excluí-las), pois tais lutas cairiam no jogo do poder-saber moderno, que amarra os indivíduos a uma identidade e a uma forma determinada de vida em comum. A pergunta a que se pretende esboçar uma resposta aqui é: qual o papel das práticas de subjetivação na constituição de novas formas de resistência às atuais práticas de governo da vida humana?
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