O grupo como dispositivo ético, estético e político de governo de si e dos outros

Flávia Cristina Silveira Lemos, Manoel Ribeiro de Moraes Júnior

Resumo


Este artigo pensa o grupo como dispositivo de saber, de poder e de subjetivação em que as linhas de fuga são forças múltiplas de tensão das forças em dobras provisórias. O texto é um ensaio de análise da agonística permanente do governo de si e dos outros em que ver e dizer não se confunde com o sujeito e o grupo, mas passa a ser ressonâncias de uma coragem da verdade na parresía como tática de modos de vida éticos, estéticos e políticos. Trabalha-se com um plano de forças se torna singular de diagramas e rizomas. O grupo não tem essência nem se faz como aparência de uma suposta unidade de assujeitamento enraizado. A estilística da existência processual é efeito do grupo dispositivo pelo cuidado da cidade em entremeios com o cuidado de si. 


Palavras-chave


Grupo; Ética; Estética; Política; Multiplicidade.

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